domingo, maio 25, 2008

Mais perto, mais curtos e mais baratos!

Quero apenas acrescentar a isto a minha opinião sobre a única resposta possível, ao nosso nível, e duma forma nacional, sem irracionalidades de esquerdismos de fim-de-semana, visto que estes vão passar a ser mais perto, mais curtos e mais baratos:
"...E, nestas cotações, os preços à saída das refinarias da Galp são tão competitivas no mercado europeu que as suas concorrentes com postos de abastecimento em Portugal (Repsol, BP, etc) se abastecem na Galp e só trazem uma parte ínfima de produtos finais das refinarias espanholas ou francesas.

"Se todas as companhias com postos de abastecimento em Portugal se abastecem sobretudo na Galp, nada as obrigando a isso, é simplesmente porque a refinadora portuguesa é competitiva nas componentes produto+distribuição. E, depois, aplicando idênticas margens de comercialização (que são reduzidas e praticamente insignificantes no valor do custo final, podendo ir até próximo do zero no caso dos hipermercados que vendem combustíveis não para lucro mas como chamariz de outras vendas), acabam por vir para o mercado com os mesmos preços, mais dia menos dia, pois os produtos aparecem ao consumidor com os mesmos dois ónus brutais: o custo do crude e os impostos sobre combustíveis.

O problema gordo, na alta dos preços dos combustíveis que sofrem os consumidores, está na sua tributação fiscal que se soma à alta da matéria-prima. Sendo o ISP uma tributação percentual, ela sobe com os aumentos dos preços. ( Aqui discordo do Tunes visto que julgo saber que o ISP é um valor fixo e não percentual. Mas aceito contribuições para meu esclarecimento) E o IVA vai subindo também de valor pois incide sobre o valor do produto após ser tributado pelo ISP. Hoje, a tributação fiscal representa mais de metade do preço pago pelo consumidor. E não pára de aumentar consoante o crude aumenta e aumenta a gasolina e congéneres. Enviesar o problema, dirigindo-o para as companhias distribuidoras, no "caso da campanha" para apenas uma delas, é "tirar da chuva" a única solução, que é possível porque é política, e que está na mão do governo e que reside em rever os seus crescentes "lucros chorudos" cada vez que os preços do petróleo aumenta, agravando a crise, em vez de contribuir para o seu amortecimento. Assim, objectivamente, este "malhar na Galp" é uma graça que se tem para com as companhias concorrentes da Galp e serve de guarda-vento ao governo, um dos grandes beneficiários com a presente crise (em termos de receita fiscal, quanto mais subirem os preços, mais sobe o valor colectado).

Não somos produtores de petróleo no nosso país. Não temos meios de influenciar os preços e a escalada altista do crude. Não podemos impor às companhias refinadoras e distribuidoras que se afastem da competitividade perante cotações internacionais dos derivados, muito menos que se prestem a "dumping", distribuindo abaixo do custo. Se não aguentamos o efeito devastador dos actuais e previsíveis preços finais, o que podemos fazer para evitar o apocalipse no mercado dos combustíveis?"


Pois o que se deve fazer é mesmo reduzir os consumos! ( e, se aventureirismos populistas , decidirem de outra forma, será por pouco tempo!: A redução dos consumos de combustíveis em Portugal é inevitável. Pode é acontecer por duas vias : Ou somos voluntários, ou vamos abrir falência. A escolha é de cada um.

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