segunda-feira, maio 24, 2010

A Inglaterra prepara-se para resolver o défice monstruoso com as velhas receitas da Direita

Aqui em Portugal, enquanto a esquerda irresponsável prepara o regresso ao poder da Direita revanchista, essa mesma Direita, finge que apoia as medidas do Governo para combater a crise.
Todos na esperança que o Governo se desgaste e se veja submergido por uma onda de descontentamento e, se possível, de agitação social.
É ver qual o resultado das eleições em Inglaterra e qual o programa de medidas que a direita neo-conservadora ali prepara para combater um défice monstruoso de mais de 11%:
(DN)
"A fuga para a imprensa constitui um profundo embaraço para o novo Executivo britânico, liderado por David Cameron. Ainda por cima acontece na véspera do dia em que a coligação vai anunciar uma primeira série de planos económicos para combater o gigantesco défice de 11,1% do PIB e reduzir a despesa em pelo menos seis mil milhões de libras ainda no decorrer deste ano. Os jornais de ontem já levantavam um pouco o véu sobre o impacto que as novas medidas de austeridade poderão ter, sem esperar pela apresentação do orçamento rectificativo a 22 de Junho.
Entre 300 mil e 700 mil funcionários públicos poderão ficar desempregados nos próximos anos, fruto das reformas que a coligação conservadora-liberal-democrata planeia fazer em ministérios e em vários serviços públicos, avançou o Sunday Times.

As mais afectadas serão as pessoas que trabalham na saúde, incluindo médicos e enfermeiros, os funcionários autárquicos, polícias e civis que trabalham nas esquadras do Reino Unido. Também o Ministério da Defesa tenciona eliminar um terço dos gastos administrativos, cortando até 20 mil postos de trabalho.

Além disso, os funcionários públicos terão cortes em viagens de táxi, avião e hotéis. Os secretários de Estado e outras altos funcionários serão incentivados a viajar de transportes públicos como qualquer outro cidadão. Também estão previstos cortes naquilo que em inglês se chamam quangos - organismos privados que oferecem serviços públicos mas que são financiados pelo Governo. ( aqui chamam-se ipses e servem para financiar a Igreja Católica...)

Também no Foreign Office, responsável pelas relações externas, haverá encerramento de escritórios depois de uma auditoria ter revelado que há várias agências governamentais a operar em locais distintos na mesma cidade. Exemplo disso são os escritórios do Alto Comissariado, da Agência de Fronteiras, do Departamento de Desenvolvimento Internacional e do British Council em Abuja, capital da Nigéria. A sua fusão pouparia 23 milhões de euros ao Estado britânico."

Seguir-se-ão as medidas contra a Educação e a Saúde Públicas, a Segurança Social virá a seguir...

O curioso é que, no meio das medidas que vão castigar os mais fracos e desprotegidos, também se lembraram de noticiar "rigorosas medidas" demagógicas contra por exemplo as viagens de avião ou de taxi...e entretanto continuam as despesas com as guerras lá para Oriente...
Aqui em Portugal espero que os eleitores percebam a tempo o que são os cantos das sereias e para que fins servem!
Votem na direita e depois aguentem!

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