quinta-feira, maio 13, 2010

Licença para ser pobre. Obrigado!

Isto das tais velocidades diferenciadas para a vida dos povos, não era conversa de aluno de economia.
Tal como nas cx de velocidades, a marcha atrás tem a sua utilidade.
A ideia genial, estampada nos Tratados, de que aos Estados da UE estava reservado o crescimento e o bem estar, deve começar a ser visto como não mais do que aquele outro "horizonte da humanidade", esse sim, destinado aos mais infelizes, aos mais explorados e aos verdadeiros crentes.
Explico:
O facto de Portugal ter recuperado da recessão de 2008, antes dos demais,
Ter crescido, neste último trimestre, "apenas" cinco vezes da média dos países da UE,
Haver submetido à UE um PEC 1 de unhas cortadas, e um PEC 2 de saia curta,
Não evitou a ordem para apararmos as unhas e para vestirmos a tanga.
Isto é:
A UE, perdão, a Alemanha-da-indústria-que-precisa-de-consumidores, aplicou-nos, e à Espanha, um dictat à moda antiga.
Sem cuidar da dívida dos ricos, sem olhar para si própria, nem para o que vai na Irlanda ou na França,

Mandou-nos para frente do pelotão a defender o Euro dos ataques dos especuladores.

De facto, sem querer saber das inevitáveis consequências do agravamento de impostos como o IVA e dos outros, que reduzem o poder de compra da classe médiae que vão impedir qualquer investimento útil nos próximos anos, a UE acaba de nos renovar a licença para sermos pobres!
Os loiros, os de olho azul, os instalados nas sociedades financeiras e nas bolsas da real- especulação, esses tais, à semelhança dos seus Estados Federais como o de Berlim - cujo défice é várias vezes superior ao português..., a esses, renovaram-se as licenças para o consumo!

Nota - 1 : Enquanto decorria aqui a penosa reunião da brigada dos velhos do Restelo, o Obama - que está convencido que é loiro...- até telefonou a Zapatero a dizer-lhe que comprasse roupa mais apertada...
Acho que ele nem acredita que tenhamos descido das árvores...

Nota 2 : Quando é que teremos um Governo capaz de mandar certos gajos a certos sítios?

Nota 3 - Vamos continuar a enviar soldados para as operações da Nato?

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