Face à recusa da oposição para qualquer contacto com o OE 2010 do Governo,
Uma vez que recusaram o mais leve compromisso ou conversação sobre o PEC,
O Governo não deveria ter desperdiçado as várias oportunidades para aplicar medidas que se pudessem classificar claramente populares e "de esquerda".
Até lembrei uma taxa sobre as mais-valias, os pluri-empregos e as multi-pensões, falei do plafonamento dos rendimentos do trabalho e das pensões, a redução das despesas militares, o enfrentamento das exigências das principais corporações, professores, juizes, médicos,
Apontei o caminho das reformas tal como tinha sido iniciado no anterior governo PS...
Tal não aconteceu. O PS tentou fazer a quadratura do círculo. Iniciou o caminho contrário e foi cedendo às corporações mais agressivas.
Deitou fora grande parte dos ganhos obtidos na Escola Pública,
Cedeu perante os Juizes e, aos militares, ofereceu novas armas e melhores guerras,
Aos médicos garantiu aposentações e novos contratos de trabalho, em simultâneo,
Deixou à solta os grandes grupos económicos e não cuidou de controlar as exportações de capital...
Preparou o caminho para a entrada em cena do PSD, o tal que tinha deixado o País numa profunda crise e com um défice de 6,7% mas que , de um dia para o outro, se vê recuperado do descrédito e transportado para a mesa das conversações dos planos de emergência, para o palco da salvação nacional e da redução do défice.
Era escusado!
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