domingo, novembro 23, 2008

A caminho do Estado Corporativo?

De regresso ao passado?
- A corporação dos Juizes declara que as Leis têm de ser feitas com eles.
- MFLeite afirma que não é possível fazer reformas no Estado que afectem as corporações a que chamou eufemisticamente de os "profissionais", o que ainda melhor subdivide e esclarece.
- O PR do alto da sua coragem, vem admoestar quem governa, a favor da tropa e dos seus interesses
- O mesmo PR sai em protecção dos professores e pede calma, tanto lhe faz que as Leis que promulga sejam ou não sejam acatadas.
- A Fenprof recusa a aplicação das Leis e paralisa a Educação ameaçando com o tudo ou o nada
- Hoje ameaça que vai apresentar alternativa "às diversas Leis da República" e que a Ministra tem que se demitir. Perceberam? A Feneprof vai apresentar um ultimatum ao ME!
- Chantageiam o ME organizando arruaças com crianças que nada sabem do que se passa, ou dos interesses em jogo. As mesmas crianças que estes estupores chumbam cada ano, tranquilamente, até ao total de 50%, em 8 ou 9 anos de escolaridade.
- Digamos que o poder do Estado está seriamente afectado pelas corporações mais activas e influentes, leia-se mais dispendiosas.
Ao Governo de maioria socialista que implementou dezenas de mudanças, que protegeu como nenhum outro, os mais fracos e os mais pobres, que aposta na Educação e nas Novas Tecnologias, nas Obras Públicas e no investimento público-privado, que realizou o mais importante investimento, de sempre, por aluno, e que implementou contra todas as más vontades e interesses corporativos as aulas de substituição, a Escola a tempo inteiro, a fixação dos professores e a Autonomia das Escolas como nunca se sonhou poder um dia ver em Portugal, vê-se confrontado com o súbito poder, a indisciplina pública e o confronto das corporações mais reaccionárias.
- Os professores
- A tropa
- Os Juizes
- A maioria da Imprensa e da TV
- Os médicos, os enfermeiros e os farmaceuticos

Estamos portanto em roda-livre, em auto-gestão corporativa e mergulhados na maior crise pós 25 de Abril.
Que pode o Governo e o PS fazer?
- Prosseguir com reformas e vê-las não serem acatadas?
- Assistir à insoburdinação de crianças e de professores ordinários e calões?
- Continuar a fazer que não ouve os insultos que chegam até dos Srs. Juizes e ter de os aplaudir para bem da pátria?
Ou, simplesmente exigir respeito, colocar o poder nas mãos da constituição e devolver o poder a elições que sejam esclarecedoras.
O povo português até pode votar no PC e colocá-lo no poder, mais a Fenprof e o BE. Até pode isso, e muito mais.
O que o PS não pode, é aturar esta merda!
Nós não podemos aturar outro Estado corporativo, atrasado, reaccionário, populista e, finalmente, inviável !
O PS que se demita e convoque a consulta pública, ou vamos todos para o fundo!

1 comentário:

Francisco Clamote disse...

Meu caro:
Não diria que vamos a caminho do corporativismo.Pelos vistos, nunca de lá saímos e sair está a revelar-se não ser tarefa fácil. Mas lá iremos, espero, com ajuda de gente destemida como é o seu caso. Cumprimentos.