terça-feira, setembro 27, 2005

O estado das contas - 2002,3 e 4

Transportado às cavalitas de toda a imprensa, Marques Mendes anda pelo País, de feira em feira, de lar de terceira idade em lar da quarta idade, em busca do Santo Graal. Perdão. Do votozinho mesmo simplório, mesmo iletrado.
Atentamente escutado pelas tvs, a encaracolada cabecinha de lado, escusado enfeite, Ribeiro e Castro mimoseia-nos com análise pura. Com a difícil justificação do passado, com o futuro. E, quase consegue convencer a jornalista, apressada em justificar a densidade dos ouvintes por m2. Entre feveras e entremeada lá nos brindam com explicações de circunstância.
Não se esforcem mais que já percebemos: A desordem das contas públicas e também das publicadas, relativas a 2002, 2003 e 2004, a sua criatividade contabilistica e falta de rigor, são da responsabilidade do actual governo, saído de eleições em Fevereiro de 2005!
É que está-se mesmo a ver!
Quem não parece ter percebido nada foram aqueles circunspectos senhores do Euroestate que vêm agora por em dúvida a sanidade daquelas águas. E lá se vai a bandeirita azul.
Que toda a encenação relativa às negociatas com CityGroups, com Hospitais SA, não foi apreciada pela UE, mesmo com o Barroso-em-Bruxelas-que-nos-vai-ajudar, está nas páginas dos jornais e, embora não tenha ainda aberto os noticiários ds tvs, mostra já ter estatura para atrapalhar as engrenagens eleitorais de autarcas da direita e, horrível perspectiva, acinzentar ainda mais o estupefacto professor de finanças.

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