segunda-feira, novembro 14, 2005

Maria, reduzi o País !


Lembram-se de uma fábula que nos contaram sobre um carro, uma rodagem, um não político displicente , um secretário geral do tipo dos "espontâneos" nas garraiadas da Figueira da Foz?
Um tal que tem o dom da palavra e do raciocínio?
Com uma reputação de economista internacional?
Que, sem querer, foi parar a secretário-geral e logo de seguida, também involuntariamente, se guindou a primeiro-ministro? Que fazia o favor de nos governar?
Estão a ver a distância a que ele se coloca dos meros mortais?
Ele foi nesse dia à Figueira, não a uma garraiada, mas para fazer de lebre quando havia uma particular confusão no interior do seu partido.
Foi, e no meio da balbúrdia geral, guindou-se a secretário dessa confusão, metatransformado em homem providencial, em homem sério, que não discute política nem desce ao nosso nível.
É um bolinador de inquietudes. Um surfista das facilidades.
Cavaco Silva, tal como então, prepara-se para lanchar este País, sem fazer muita força!
Basta que o reduza à sua expressão mais simples.
Vai apelar aos atrasados. Aos habitantes das procissões. Das aldeias profundas.
Às mentalidades salazarentas e obscuras. Aos que não têm a escolaridade obrigatória. Às marchas silenciosas e, tal como então, gritar :
- "Maria, reduzi o País !", à dimensão da Figueira da Foz.

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