Possuídos de um fervor religioso-esquerdistico-militante, um grupo de iluminados, de ex-quase tudo, aplaudidos pela direita trauliteira e pela outra esquerda diletante e nada-fazente, vão hoje reunir-se e acrescentar poesia à política e, em lume brando, mexeendo devagar, vão tentar absorver os vapores rutilantes que hão-de subir nos ares e provocar ajoelhamentos entre os crentes:
"A mania que alguma esquerda tem com "um direito natural" à "luta de classes e pelos mais desfavorecidos", à "propriedade do património da liberdade", ao direito quase divino de "reserva moral do regime" leva-os à incoerência e a negar princípios basilares pelos quais se bateram, pior, usam como "escudo" algumas utopias inocentes e algumas "ideias redondas", usam como reféns "propostas bonitas" que transformam em mártires ao omitir a parte principal de qualquer proposta, projecto ou critica que é como fazer melhor no espaço chamado Portugal e no tempo chamado hoje?Como é que implementam, como é que se financiam e como é que se garante a sustentabilidade das "ideias"?
Para finalizar deixo um excerto dum artigo do João Marques de Almeida no Diário Económico que exemplifica na perfeição a minha opinião sobre "esta" esquerda:
"Um dia, no auge do seu fervor revolucionário, Otelo Saraiva de Carvalho disse a Olof Palme, o antigo líder social-democrata sueco: ‘em Portugal, queremos acabar com os ricos’.
Respondeu Palme, ‘na Suécia, queremos acabar com os pobres’. A extrema-esquerda nacional continua a ser filha de Otelo."
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