quinta-feira, junho 12, 2008

É pena que não percebam

Basta uma volta pela blogosfera para contactar com a maior zanga, despeito e inveja provocados pelo acordo obtido com os pequenos camionistas que efectuaram os bloqueios mais gravosos.
Ressalta nesses invejosos e desatinados irresponsáveis, toda a sorte de "argumentos", desde as cedências do governo até às queixas relativas à falta de porrada nos arruaceiros. De facto, são arruaceiros e comportam-se como tal. Mas isso não justifica uma acção violenta do Governo cuja principal função deve ser antes de tudo tentar manter a paz social e evitar maiores danos à economia.
Tal não entendem os mais assanhados representantes da reacção. Compreende-se.
Mas o que mais me preocupa é que pessoas como Vital Moreira continue a lamentar essa não repressão e a falta de violência do Estado, sem atender aos benefícios de recolocar a economia em marcha, com custos muito inferiores à manutenção da situação, ou, o que seria irresponsavelmente pior, se partisse para a repressão violenta sobre mais de 3000 empresários e cerca de 7000 amotinados, cujo nível de entendimento das elementares regras da economia é manifestamente deficiente.
Isto sem falar sobre as imensas consequências sobre toda a economia, caso se efectuassem acções para -militares em larga escala !
Nem preciso de citar Paulo Portas que ali está na RTP, furioso e doentio, a verberar a falta de porrada nos camionistas...
Vital Moreira tem de se retratar desta sua posição de classe!

1 comentário:

al disse...

É assim mesmo: um Governo que tem um primeiro ministro que é apanhado a fumar num local interdito ao fumo e um ministro que é apanhado a 212 km/h numa auto estrada não tem qualquer moral para obrigar os outros a cumprir a lei. Por isso, encaramos as ilegalidades - que até acabaram com um morto - como algo de normal. Actuar perante gente que não cumpre? Isso é que era bom! o pessoal é todo porreiro. Se um dia lhe entrarem, num bloqueio qualquer, pelo carro dentro para o revistarem, ou se o apedrejarem, o mferrer vai achar que "tá tudo bem".