Uma certa imprensa anda atarefada a promover duas ideias:
1- Que os exames foram feitos este ano para serem fáceis e passarem toda a gente.
2- Que isto seria uma medida orientada pelo Ministério da Educação.
Ora ontem o Presidente do GAVE, orgão independente, veio à RTP2 dizer o seguinte:
a - Que o GAVE é completamente independente, formado por professores de alto nível, e que ninguém recebeu ou podia ter recebido instruções para formatar os exames. E que estes foram feitos na base dos programas em vigor há anos.
b - Que não compreende as acusações da APM (Ass. Prof. de Matemática) visto que - ao contrário do que afirmaram - FORAM NÃO SÓ CONSULTADOS, como foram ouvidos sobre os mesmos exames que agora criticam. Mas, foram além disso, convidados a "resolverem" os exames, o que fizeram e a lavrar um parecer que também elaboraram.
Que diz esse "parecer" feito há um mês?
- Que os exames estão de acordo ao programa e que nada havia a sugerir para os melhorar.
Ora, passado um mês e, no decurso das provas, esta Associação vem iniciar um processo de desdridibilização do GAVE que dá que pensar a quem quizer fazê-lo.
Aos outros, entretidos na permanente prática do nacional botabaixismo, desejo um pouco mais de vergonha e menos oportunismo político.
5 comentários:
Os alunos que foram entrevistados ontem pela RTP e pela SIC sobre o exame de MAtemática A do 123º ano foram unânimes em considerar o exame muito fácil. Aliás, referiram coisas como:
- qualquer dos testes que fizeram ao longo do ano foi mais difícil que o exame;
- muitas perguntas de resposta múltipla não obrigavam a qualquer cálculo sendo óbvias mal se liam;
- o objectivo deste tipo de exames é apenas o de permitir à Ministra da Educação mostrar resultados...
Imagino que todos estes alunos sejam do Bloco de esquerda, do PCP, do PSD ou do PP e que tenham feito estas declarações devido a um qualqur ooportunismo político!
(já agora aproveito para lhe dizer que, tal como sugeriu, coloquei no meu blog uma questão muito concreta para que me possa dar a sua opinião)
Vc tem a vantagem de ser fingidamente inocente.
Já ouviu o que o GAVe tem a dizer sobre o papel da APM?
E da fita que andam a fazer? e do frete que estão a desempenhar?
Claro que há crianças com opiniões. O que me admira é que haja adultos com opiniões de criança!
O que é um "orgão (SIC) independente"? E quem nomeaou esse órgão? E que lhe dá directivas? É fácil saber a resposta...
Já agora, porque não fala dos critérios de correcção, que são escandalosos (estou agora a corrigir exames e sei do que falo...). Nem num país africano com 90 de analfabetos se aceitaria as regras levam a dar pontos atrás de pontos em perguntas sem nexo.
Um vergonha e uma miséria...
mferrer, as minhas opiniões sobre o grau de dificuldade dos exames - no que diz respeito aos exames de aferição do 4º e 6º ano e aos exames do 9º ano baseiam-se na análise dos exames (o mferrer leu algum deles?) e na opinião de algumas dezenas de alunos da escola em que lecciono, bem como nas opiniões de professores. As opiniões de alunos de 11 anos que chegaram a questionar o professor na sala sobre se aquele era mesmo o exame de Matemática do 6º ano e não o do 4º são as mais genuínas que se podem recolher. Claro que o mferrer pode sempre ter a posição de apenas aceitar como verdade o que é veículado pelo Ministério da Educação.
Já vi que respondeu à questão concreta que lhe coloquei no meu blog sobre o estatuto do aluno. A sua resposta afinal é uma crítica ao que este Ministério definiu quanto ao regime de faltas dos alunos. Deixei-lhe lá outra questão concreta relacionada com o actual estatuto do aluno...
... pelos vistos deixou de estar interessado em debater assuntos concretos!
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