domingo, outubro 23, 2005

A Eucaristia e a Clandestinidade


O Sínodo dos Bispos terminou ontem ........ pedindo aos políticos para não apoiarem leis contrárias ao direito natural, ao casamento e à família.
Na mensagem final da XI Assembleia Geral do Sínodo, reunida no Vaticano desde o dia 2 sob o tema "Eucaristia, fonte e objectivo da vida e da missão da Igreja", é também reiterado o "não" à comunhão eucarística para os divorciados, mas sem incluir qualquer referência ao celibato.
Os 256 bispos participantes asseguraram que os divorciados recasados não estão excluídos da vida da Igreja, pedindo-lhes, inclusive, que participem na missa dominical, mas reiteraram que não podem comungar devido à "situação familiar irregular" em que vivem.
Apenas poderão comungar se não mantiverem relações físicas com o seu par e, neste caso, é-lhes aconselhado a que o façam com discrição, indo a um templo onde não sejam conhecidos para evitar que alguém possa ficar escandalizado.
No texto da mensagem final, os bispos exprimiram a sua alegria pela presença das igrejas de rito oriental, e advogaram pelo dia em que seja atingida a "unidade plena e visível" dos cristãos. Porém, consideraram prematuro que os membros das diferentes igrejas comecem já a comungar juntos, partilhando a Eucaristia, que é o centro da vida evangélica. "Gestos precipitados podem dificultar ainda mais a verdadeira comunhão", exprimiram os bispos na mensagem, na qual recordam o compromisso de Bento XVI com o ecumenismo, e indicando que a Igreja Católica tem normas "precisas" de comportamento .... ( in DN )
Por mim acho bem.
Acharia ainda melhor se afinal esclarecessem se também os padres homossexuais e pedófilos podem ou não tomar a hóstia e se o mesmo se aplica aos praticantes do sexo em grupo desde que não seja numa situação familiar, como dizem. Fico na dúvida sobre o conteúdo da expressão "relação física" uma vez que a mesma pode ter diversas e interessantes variáveis.
Mas, e principalmente , pedia explicassem as milhares de vezes que os poderosos, reis, papas e burgueses, ao abrigo de outras tantas indulgências se descasaram e se concubinaram as vezes que foram precisas, com o beneplácito da poderosa Igreja. Esta mesma que hoje, menos remunerada, se desdobra em recomendações mais destinadas ao rebanho do que aos pastores...
Curiosa é a recomendação de semi-clandestinidade em que devem viver esses seres inferiores que dão pelo nome de divorciados !
Já não me recordo da última vez que a igreja Católica condenou os poderosos pelas guerras de rapina, pelo tratamento desumano dos prisioneiros, pelas violações dos direitos humanos, pelo desrespeito pela snormas internacionais, pelo preço dos medicamentos e vacinas, pelos escandalosos lucros sobre as trocas desiguais, a fome endémica em África...
As enormidades não têm limites!

3 comentários:

Biranta disse...

Caro amigo!
Agradeço o comentário que deixou em "Eleições e Democracia". A minha página principal é: http://sociocracia.blogspot.com. a minha principal luta é por "elevar a democracia a um patamar superior", inclusive com a valoração da abstenção... por imperativo de rsponsabilização dos actos dos políticos e governantes, para que tenham em atenção a vontade e o interesse da maioria da população nas suas decisões.
Quanto ao incidente que refere, confesso que não o identifico, embora acredite, porque "faz o meu género" e também o do dito... No entanto, não costumo dar demasiada importância a esse tipo de coisas e de pessoas... Há tanta gente boa, e bem-intencionada, na NET, para visitar que não me resta tempo para dar atenção a esse tipo de gente. Volte Sempre (e, se puder e quiser) junte-se ao grupo...
Acho excelente e muito lúcido este seu post!

Sérgio Martins disse...

Caro MF,
Uma posta muito bem conseguida. Eu próprio já me vi perante essa questão.
Um abraço

Geosapiens disse...

...mas não estará a Igreja repleta de um bando de clandestinos...até na sua própria vivência da fé...esses são só os oficiais...um abraço...