segunda-feira, outubro 17, 2005

O CDS-PP e o circo permanente


Este CDS-PP é como um circo que nada tenho contra palhaços, malabristas e saltimbancos.
Eles é que, parece, não se podem ver uns aos outros.
Ontem o DN apontava uns pequenos mimos trocados na guerra surda que por lá grassa:
"O líder parlamentar do CDS ficou irritado com as declarações do presidente do partido, José Ribeiro e Castro, na sequência das eleições autárquicas. Nuno Melo, que integra a direcção do partido, revelou ao DN que não foi sequer convocado para a reunião que analisou os resultados eleitorais, garantindo estar "frontalmente contra" a leitura do escrutínio feita por Ribeiro e Castro.
Tal como os restantes membros do CDS conotados com o ex-líder Paulo Portas, Nuno Melo acusa ainda a direcção de fechar os olhos aos "maus resultados" que o partido obteve nas urnas. E chama a atenção para a necessidade de o partido reavaliar a estratégia presidencial. "Sob pena de se tornar irrelevante", acentua.
O presidente do grupo parlamentar rompe o silêncio que tem mantido sobre esta matéria para reclamar uma urgente análise interna das autárquicas, em que o CDS obteve menos votos e menos municípios do que obtivera no anterior escrutínio, realizado em 2001.
Nuno Melo é um dos signatários de um pedido de reunião extraordinária do Conselho Nacional (CN) do partido para reflectir sobre as autárquicas e debater as presidenciais. Telmo Correia, Pires de Lima, Mota Soares, Teresa Caeiro e João Rebelo são outros subscritores.
Maria José Nogueira Pinto, presidente do CN, ficou irritada com esta iniciativa. "Não tem pés nem cabeça pedir uma reunião extraordinária, que só poderá realizar-se a 6 de Novembro, quando há uma reunião ordinária a 29 de Outubro", disse ao DN a dirigente democrata-cristã, que na próxima semana estará fora do País, em férias.
Nogueira Pinto aponta o dedo aos militantes conotados com Portas. "Querem transformar o CDS num parque de brinquedos ou num circo para porem notícias nos jornais.
É pura traquinice.
Infelizmente é também por coisas como estas que já quase ninguém quer estar neste partido.
Mas este tipo de fitas comigo não pega. Comigo vêm de patins", assegura.
E lança um aviso "Não sou um fantoche!"Nuno Melo reage, considerando "absurdo" este compasso de espera. "É incompreensível que a reunião do CN não se realize em tempo útil porque a presidente vai de férias.
Se bem conheço os estatutos, em caso de impedimento deve ser substituída por um vice-presidente." E lembra a Maria José que "algumas pessoas a quem chama traquinas ajudaram-na na recente campanha eleitoral em Lisboa".
O líder parlamentar demarca-se claramente de Ribeiro e Castro "O CDS perdeu em votos, em mandatos e percentagens, além de ter perdido câmaras.
Não entendo como o presidente do partido pode dizer que atingimos todos os objectivos."
Nuno Melo destaca também o "decisivo" combate presidencial, acentuando que o CDS "não deve dar um apoio incondicional" a Cavaco Silva. "Devemos saber o que ele pensa em matéria de aborto e de alterações à Lei Eleitoral, por exemplo".
Se não coincidir com a doutrina do CDS, o partido deve apresentar um candidato próprio. "Um partido só existe se for capaz de ir a votos. Caso contrário perde por falta de comparência", salienta.Na facção pró-Portas há quem acuse Ribeiro e Castro de "uma visão estalinista dos resultados eleitorais, sem tradição no CDS".

3 comentários:

Francisco disse...

Peço desculpa mas só agora li que me pedia para utilizar no seu blogue a foto da buganvília em flor... Claro que sim! Um abraço e continuação de boas entradas por aqui! :)

MFerrer disse...

Bem que eu gostav ade poder usar essa e outras fotos.
Ajude-me por favor: onde é que as posso descolar?
Muito obrigado pela sua atenção.
Espero que este meu blog tenha a sua visita regular e crítica benevolente...
Abraço!

MFerrer disse...

Afinal já descobri. Pensava que era mais difícil encontar o verdadeiro florir!
Obrigado na mesma